Coordenador do INCT/Inomat é um dos vencedores do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia em 2020

Neste ano Cesar Gomes Victora e Fernando Galembeck foram contemplados na categoria Ciência e Tecnologia, respectivamente do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia, o qual reconhece profissionais que, com seu legado, engrandecem a produção científica e tecnológica brasileira.
A categoria Ciência premia pesquisadores que colocaram o Brasil em destaque no cenário científico mundial enquanto a categoria Tecnologia prestigia profissionais que tenham gerado impactos relevantes ao país no desenvolvimento de aplicações práticas.

Sobre Cesar Victora
Um dos maiores especialistas em nutrição e saúde materno-infantil no mundo, o epidemiologista gaúcho produziu ao longo de quatro décadas a mais extensa documentação acerca da importância do aleitamento materno para a redução de mortalidade infantil e seus benefícios para a saúde da mulher. Suas pesquisas comprovaram que o aleitamento exclusivo, sem água ou chás, reduz em 14 vezes o risco de morte infantil por diarreia e em 3,6 vezes por doenças respiratórias. O impacto da pesquisa foi tamanho que deu origem a uma política de governo pró-aleitamento no Brasil e em grande parte dos países nos cinco continentes, além de definir as políticas globais da Organização Mundial de Saúde e do Unicef.
Cesar Victora é Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas, membro da Academia Brasileira de Ciências e ocupou posições honorárias nas universidades de Harvard, Oxford, Johns Hopkins e na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres. Em 2017, foi o primeiro cientista brasileiro a receber o Prêmio Gairdner de Saúde Global, a mais importante premiação científica do Canadá e uma das mais respeitadas na área de ciências da saúde em nível mundial.

Sobre Fernando Galembeck
Em 2010, o químico paulista apresentou aos membros da American Society of Chemistry, em Boston, um dispositivo capaz de gerar eletricidade a partir da umidade presente na atmosfera. Com isso, comprovou que a deposição de umidade nas superfícies de muitos materiais os eletriza. Pouco depois, mostrou que gotículas de água na atmosfera têm carga elétrica, ao contrário do que se imaginou por séculos. E abriu caminho para, num futuro próximo, transformar a umidade do ar em uma nova fonte de energia alternativa, sustentável e de baixo custo: a higroeletricidade, que é hoje um tema de investigação em vários laboratórios, especialmente na China. Recentemente, a Nature Scientific Reports publicou um artigo de importante grupo da Universidade de Tel Aviv, confirmando o potencial da higroeletricidade para a geração de energia elétrica. Muito antes dessa descoberta, Galembeck já havia conquistado notoriedade internacional por seus estudos sobre nanopartículas e sua aplicação na tecnologia industrial. Publicou 280 trabalhos e depositou 36 patentes, sendo várias delas estendidas para mais de 20 países. Oito produtos baseados nessas patentes foram introduzidos no mercado.
Fernando Galembeck é doutor em Físico-Química pela USP, professor aposentado colaborador da UNICAMP, membro titular da Academia Brasileira de Ciências e fellow da TWAS (The World Academy of Sciences) e da Royal Society of Chemistry. Foi agraciado com inúmeros prêmios e distinções, entre eles o Prêmio Álvaro Alberto de Ciência e Tecnologia (CNPq/Wessel), a maior honraria da ciência e tecnologia brasileiras.

Estas informações são divulgações da CBMM e podem ser encontradas no site do prêmio, em https://premiocbmm.com.br/